” O património não é para o turismo” (Gonçalo Ribeiro Telles, em 2003)
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Algún dos parágrafos .
Porque
nós tínhamos agricultura e começámos por plantar eucalipto nos
terrenos mais pobres. Mas este eucalipto não pode competir, nem no
preço nem no volume de produção, com o do Brasil ou Angola, onde a
queda pluviométrica provoca um crescimento muito maior. Para
podermos competir temos de passar o eucalipto para terras mais
férteis. Por isso é que querem despovoar o interior.
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Pode
dividir-se a paisagem global que refere em componente natural,
agrícola e edificada?Não,
a componente agrícola faz parte da paisagem natural, mas não ponho
a agricultura industrial e o disparate agrícola nessa paisagem. Por
exemplo, fui a Mação antes dos incêndios [de
2003] e
sabia que aquilo ia arder. Que interesse tem um pinhal bravo contínuo
em hectares e hectares?
Segundo
declarações suas, o que ardeu primeiro foram pinheiros e
eucaliptos.É
o que arde sempre e ainda bem. Mas então e o que é que lá se põe?
Essa zona do chamado pinhal verde é uma paisagem básica e
histórica, onde predominavam o mato e a cabra, o que era óptimo –
esta come o mato, que dá matéria orgânica, faz circular essa
matéria e água, não há erosão… […] Entre
nós, […] pomos
a população a olhar o pinheiro a crescer para as celuloses. As
pessoas vão-se embora. Mas é por isso que não se povoa o interior,
para o pinheiro poder crescer à vontade. E quem diz o pinheiro diz o
regadio extensivo.
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O
património nasceu num lugar, está ligado a esse lugar e à
paisagem […].
A alteração da paisagem básica implica a destruição do
património.
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O
património não é para o turismo, o património é para nós. […
É sumamente interesante ler todo o artigo no enlace seguiente
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